A Exposição Mulheres de Sal está em cartaz até o dia 5 de outubro no Palácio das Águias em Cabo Frio, homenageando os 80 anos de nascimento de Amena Mayall, ambientalista, ativista contra a ditadura militar e precursora na luta contra a especulação imobiliária na Região dos Lagos.
A abertura da exposição – realizada na quinta-feira (21) – foi marcada pelo lançamento do livro “Amena Poema”, obra com textos e ilustrações inéditas da artista homenageada. Sua filha Moana Mayall – que também é curadora e diretora artística da exposição – esteve presente no evento, onde falou sobre os textos da mãe.
“Em 85 ela estava preparando esses poemas, que só chegaram a mim quando eu tinha uns vinte dois anos. (…)E aí veio a Aline, com as Mulheres de Sal e foi uma conjunção muito bonita. (…) Amena deixa nesses textos muita história, desde as batalhas dela, dos sonhos do lado íntimo até das realizações coletivas.”
A exposição traz documentos, fotos, ilustrações da artista, além de objetos de arte que fazem parte do acervo pessoal da família.
“Eu posso dizer que na minha família eu fiquei com esse papel de cuidar da memória. Eu aprendi de certa forma com meu pai Rama, por conta dele ser um arquivista. Nossa casa vivia cheia de papelada e caixas dele. Ele foi me ensinando o valor desses papéis que têm memória afetiva também”., contou Moana.
Abertura da Exposição
Na noite de lançamento do livro Amena Poema e abertura da exposição Mulheres de Sal, os atores Bruno Peixoto e Anna Fernanda Corrêa fizeram a leitura dramatizada de poemas de Amena Mayall. Os amigos e pesquisadores Meri Damaceno e Marcílio Barroco lembraram a participação de Amena nas lutas ambientais, no tombamento da Casa da Flor, em São Pedro da Aldeia e sua participação no Carnaval de Cabo Frio.
A apresentação musical ficou por conta da percussionista Graci Antunes e da cantora e violonista Mayla Árvore, com repertório da MPB.
Mulheres de Sal é um projeto de incentivo à produção literária feminina na Região dos Lagos, criado em 2020 pela idealizadora Aline Moschen.
